terça-feira, 26 de maio de 2009

Cascata de fogo na Ponte 25 de Abril

Para assinalar a quarta edição lisboeta do maior evento de música do mundo, a organização do Rock in Rio volta a brindar Lisboa com uma queima de fogos na Ponte 25 de Abril.
A ponte volta a transformar-se numa cascata de fogo e magia no próximo sábado, dia 30 de Maio, pelas 22h15m.

Vai ser “um verdadeiro festival de cor e emoção para toda a família”.


A Confiquatro leva-o a assistir a este magnífico espectáculo do melhor lugar possível: no próprio rio Tejo. Aceita o desafio?


Patrão de Costa: viagem a Tróia

Só poucos flashes, mas muitas lembranças ficam da viagem a Tróia dos recém Patrões de Costa (Pedro Bento, João Bitoque, José Faria e Rui Banha junto com o formador Pedro Gomes) . Aqui o nosso Anaprume e as caras confiantes da sua tripulação, pronta para a navegação nocturna e a efectuar todas as estratégias e recursos que uma derrota bem planeada pressupõe.
E o final...bastante previsível!!!


Em descanso antes da largada
Pedro Gomes
Rui Banha
Pedro Bento João Bitoque e José Faria
Almoço em Tróia - os "Pedro's"
Almoço em Tróia - João, Rui e José

24 de Maio: finalmente Patrões de Costa

Medê medê medê
aqui
Anaprume Anaprume Anaprume
medê
Anaprume
posição Alcântara doca de Santo Amaro
estou com 7 Patrões de Costa a bordo , recém encartados e com más intenções...
NECESSITO AUXÍLIO IMEDIATO!
escuto


Um Naufrágio Sem Náufragos (4ª e última parte)

(continuação – 4ª e ultima parte)

Foi fácil encontrar os pescadores que se encontravam nas paragens na manhã do naufrágio. A maior parte, absorvidos pelo seu trabalho, não havia prestado uma atenção particular à escuna. Outros tinham-na olhado quando ela se dirigia para a costa, mas não haviam visto qualquer outro navio a aproximar-se do J.C.Cousins.
Os investigadores investigavam esses testemunhos de onde ressaltavam dois factos: 1º- nenhum marinheiro se encontrava suficientemente perto da escuna no momento da sua mudança de rumo para poder fornecer um testemunho probatório; 2º- os vigias do cabo Canby só haviam visto alguns pescadores naquelas paragens.
Impunha-se uma conclusão lógica. Se se ativessem à hipótese da fuga da tripulação, só poderia ter sido num barco ligeiro ou camuflado como tal que essa fuga poderia ter tido lugar.
Restava determinar as razões do abandono da escuna. Zeiber não poderia ter afundado deliberadamente a sua embarcação? Porquê? Para receber o montante do seguro, conjuntamente com o armador e de acordo com ele?
Esta vigarice é regularmente invocada a propósito de naufrágios inexplicados. Dois casos recentes. Primeiro o do petroleiro Olympic Bravery que encalhou em Oussant, a 26 de Janeiro de 1976. Acusaram o seu comandante a ter sido o próprio a causar o naufrágio da sua embarcação, segura em 25 mil milhões de francos antigos. Acusação que revelou falsa. Aconteceu o mesmo com outro petroleiro gigante, o Salem que se afundou a 17 de Janeiro de 1980, a 105 quilómetros a sul de Dacar. A Loyd’s de Londres recusou-se a pagar os 84,2 milhões de dólares, valores do petroleiro e do seu carregamento, suspeitando que o comandante tinha, ele próprio aberto um rombo no seu navio.
Para o J.C.Cousins, os seguradores tiveram a mesma reacção. Insinuaram, por conseguinte, que Zeiber tinha atirado a sua escuna voluntariamente contra a costa, depois de ter saído de bordo. Recusaram-se a pagar ao armador os 40 mil dólares que este lhes reclamava.
Foi instaurado um processo. No decurso das audiências, a testemunha principal foi um fantasma, o de Alonso Zeiber. Os juízes deram razão ao requerimento dos seguradores. O armador recebeu apenas 4 mil dólares.
Este processo não pôs fim ao enigma. O inquérito encontrava-se em ponto morto. Admitindo que houvera fraude comercial, onde estava Zeiber e os seus homens?
Supuseram que eles haviam embarcado em outros navios. Controlaram as listagens de tripulações de embarcações que chegassem regularmente aos portos americanos. Nenhum dos marinheiros da escuna naufragada constava dessas listas.
Teriam podido, é verdade, embarcado sob um outro nome com a cumplicidade dos “contratadores de homens” que forneciam os marinheiros aos comandantes com falta de pessoal. Esses marinheiros eram, por vezes, homens procurados pela Policia, homens a quem forneciam documentos falsos. Não era impossível que os membros da tripulação do J.C.Cousins se fossem estabelecer numa ilha do Pacifico ou num porto estrangeiro até que, beneficiando da prescrição do seu crime, pudessem regressar aos Estados Unidos. O que quer que tenha acontecido, nunca mais se ouviu falar deles.
Quanto a Zeiber, era uma personalidade demasiado conhecida dos comandantes da costa oeste dos Estados Unidos para passar despercebido para continuar o seu ofício num navio estrangeiro, tendo os comandantes formado uma espécie de franco-maçonaria internacional cujos membros se encontravam de porto em porto ao acaso das escalas.
Precisamente, assinalaram Alonso Zeiber em Singapura. Depois em Punta Arenas, no estreito de Magalhães. E ainda em Madagáscar, em Diego Suarez. As testemunhas juraram que se tratava realmente de Zeiber. Estavam tanto mais persuadidos disso porque ele fugira à aproximação dos seus antigos colegas.
Nenhuma certeza, contudo, em tudo isto. Essas aparições de Zeiber encontravam-se envolvidas na mesma névoa em que mergulhava aquele assunto. Um assunto que mantinha todo o seu mistério. A hipótese de vigarice não passava de uma hipótese. Zeiber e os seus homens ter-se-iam prestado a uma operação cujos riscos eram grandes e os lucros pequenos?
Este naufrágio sem náufragos permanecerá, sem dúvida, para sempre um segredo do mar.
É longa a lista de navios cujo desaparecimento é um enigma. Eis alguns exemplos recentes: no final do mês de Dezembro de 1975, o Berg Istra, um navio norueguês de transporte de minerais, um gigante de 224 mil toneladas, evaporou-se no Pacifico, perto das Filipinas. Foram encontrados dois sobreviventes, após quinze dias de buscas, num escaler pneumático. Declaram que, encontrando-se na ponte, ouviram um enorme barulho. Foram projectados para o mar. O Berg Istra partiu-se em dois e afundou-se em alguns minutos. Em Dezembro de 1978, o alemão München volatilizou-se a 400 milhas dos Açores. Tinha emitido alguns S.O.S., mas é em silêncio que Berge Venga, um outro gigante, irá ao fundo no Atlântico Sul, no final de Outubro de 1979. Não se encontraram nem destroços nem corpos.
Estes naufrágios no alto mar têm o seu mistério. É, contudo, paradoxal que um navio desapareça perto de terra, esse elemento estável e seguro, e o enigma do seu mistério se encontre no mesmo local. Assim aconteceu com o Don. (O Enigma do Don – próximo conto..)



Fim

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vela, coragem e concentração

Com estas imagens contamos o início da aventura da Orízia e do Duarte, do Fernando e do Miguel, o team de velejadores que serão acompanhados pelo nosso formador Luís Vilão... parecem bem atarefados, não é? pois... concentração é que é preciso!







quinta-feira, 21 de maio de 2009

Novo curso de Patrão Local: a primeira saída

Com o sabor da saudade dos alunos que acabaram o curso de Patrão Local, mas carregados do êxito deles, começamos um novo curso. Outras histórias de vida na nossa escola, cada um com experiências e sonhos diferentes, mas todos com o mesmo bichinho...aprender a navegar, navegando! E nós, como não podemos satisfazer estes sorrisos?
Primeira saída de mar... e ainda faltam mais 36 horas práticas para acabar o curso!



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Patrões Locais para todos os efeitos!

Mais um êxito para a nossa Escola! 100% dos nossos formandos aptos no exame de Patrão Local que se realizou no passado domingo, dia 3 de Maio.

Parabéns ao André Goldschmidt, ao Diogo Serrano, ao Bruno Trancas, ao Diogo Batista, ao Miguel Amaro, ao Pedro Pereira e ao trio das navegadoras : a Filipa Maurício, a Luísa Silva e a Maria Santana porque mostraram que... as mulheres também são muito capazes de "estar ao leme"!

E nós agradecemos a simpatia transmitida e a paixão pelo Mar que nos deixaram compartilhar com eles...










segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um Naufrágio Sem Náufragos (3ª parte)

(continuação – 3ª parte)

O J.C.Cousins continua a fender as águas, ligeiramente inclinado sobre o estibordo, com as velas bem içadas, sem desviar a sua rota um grau sequer.
Perante aquele absurdo suicídio do navio, agarravam-se á ideia de esperar um acontecimento imprevisto, uma espécie de milagre, como por vezes acontece no mar: uma brusca rajada que poderia afastar a escuna dos recifes, uma vaga profunda que a arrastasse para longe de paragens perigosas.
Os refifes estavam a cerca de 500 metros…400 metros…
O J.C.Cousins prosseguiu o seu rumo implacável.
Nada o podia já salvar agora.
Era o fim. Um fim que parecia irreal e cujas imagens são descompostas, com um filme rodado em câmara lenta. Os mastros tremiam. Inclinavam-se para a frente. As velas drapejavam e dobravam-se umas sobre as outras. O casco continuava a avançar e, curiosamente, tinha-se a ilusão que os próprios mastros ficavam no lugar. Essa deslocação durou um, dois minutos. Depois, a escuna fez uma meia volta sobre si própria, encaixou-se no recife e, em breve, não era mais de um monte de tela de madeira, um caos negro e branco, qualquer coisa de indefinível, cujo aspecto trágico é desenhado pelo Sol brilhante e o céu azul.
*
Do cabo Canby, os vigias haviam seguido, estupefactos, o extraordinário naufrágio do J.C.Cousins. Tinham alertado os guarda-costeiros da estação de salvamento mais próxima. Um escaler foi descido, de repente, ao mar.
A aparição do escaler de salvamento naquele tempo calmo e naquele mar de óleo suscitou o espanto dos marinheiros que cruzavam a baía e que não haviam visto o drama. Pensavam que um navio começara a arder ou que alguém caíra à água. Tratava-se de uma outra coisa que os próprios salvadores não conseguiam explicar. Pelo menos, esperavam ficar a conhecer a verdade do acontecimento pelos náufragos do J.C.Cousins, que imaginavam estar a nadar á volta dos destroços.
A aproximação ao espigão de Clatsop foi fácil para o escaler de salvamento pelo fraco calado. Evitou os bancos e pôde aproar a uma pequena enseada, não longe do local do naufrágio.
Os salvadores acorreram ao navio destruído e esforçaram-se primeiramente para o desembaraçar das velas que cobriam a ponte. Esperavam descobrir os marinheiros que podiam estar feridos ou enfiados debaixo dos amontoados de tela e alavancas quebradas. Ergueram uma vela triangular, por baixo da vela grande, uma verga. Procuraram, chamaram e não encontraram nada.
- Devem ter abandonado o navio num escaler – disse o guarda-costas.
- Então, não deve estar longe – respondeu um dos camaradas.
O escaler não estava longe, com efeito. Estava no seu posto, na popa, quase intacto, apesar de algumas avarias nos bordos.
- Então partiram na canoazinha – disseram ainda.
A canoazinha foi descoberta, esmagada sob o amontoado de cordas.
Os salvadores visitaram o interior da escuna. Tiveram de derrubar a golpes de machado a porta da câmara, que estava bloqueada.
Ainda uma ou outra vez chamaram.
Ninguém.
Uma única explicação para a ausência da tripulação: Zeiber e os seus homens, vendo o naufrágio fatal, haviam saltado para o mar. Nesse caso, teriam chegado à costa. Não tardariam a encontrá-los.
Os salvadores exploraram o cabo Adams. Alguns coelhos fugiram sob os seus passos. Algumas aves marinhas esvoaçaram. Chamaram, bateram os arbustos que se cruzavam nos bordos dos rochedos.
Nenhum sinal dos náufragos.
Os rostos dos salvadores ensombraram-se. Os náufragos podiam ter sido arrastados pela corrente. Sem dúvida poderiam ter nadado para o largo, esperando socorro.
O escaler de salvamento afastou-se dos recifes, foi ao longo da costa a velocidade reduzida, seguiu a direcção da corrente. Sobre a água, nada mais havia do que ramos, algas, detritos sem interesse. De tarde enquanto as buscas prosseguiam, investigadores procederam uma busca aos destroços. Sendo a avaria do leme a primeira hipótese que se impunha, examinaram em primeiro lugar, a ponta do leme de direcção, as ferragens, a transmissão. O leme e os seus comandos funcionavam normalmente.
Desconcertados, os investigadores questionaram-se então se não seria necessário procurar a explicação do naufrágio, não nos destroços, mas na sua tripulação.
*
Alonso Zeiber era bem conhecido em Astoria. Tinha reputação de ser um bom marinheiro, um pouco invejado pelos seus confrades. Gostava de beber, mas nunca fora visto a subir a bordo em estado de embriaguez. A sua tripulação era composta por homens de experiencia, com prática em todas as tarefas de pilotagem, conhecendo perfeitamente o estuário da Columbia. Quanto à escuna, mantida num cuidado quase maníaco, encontrava-se sempre em bom estado de funcionamento.
Questionavam todos os que haviam visto na véspera da sua partida. Ninguém notara nada de anormal no seu comportamento.
A 6 de Outubro, o J.C.Cousins ancorara durante a noite nas proximidades de Mary Taylor, um rebocador especialmente afecto a pilotagem dos vapores. Os seus homens haviam sido os últimos a ver o J.C.Cousins antes do drama. Interrogaram-nos.
- Pudemos observat a escuna – disse o comandante do rebocador. – Saiu de perto da minha embarcação durante a tarde do dia 6, esperando as correntes de maré que lhe permitissem transpor facilmente a barra. Zeiber chegou a fazer-me uma saudação amigável e disse-me algumas palavras que não compreendi. Sem dúvida uma das eternas piadas sobre os que “dão à manivela” e sobre os nossos supostamente cobertos de suor.
- Durante quanto tempo andou assim ás voltas?
- Até às 17 horas, mais ou menos.
- Onde se encontravam vocês nessa ocasião?
- Frente ao cabo Ilwaco.
- Que rota seguiu então?
- Virou a Oeste e desapareceu no horizonte. No crepúsculo. Fiquei surpreendido por ver o J.C.Cousins voltar para junto da costa. Conclui então que não se tinha apercebido do veleiro de três mastros que devia pilotar e que esperava pela aurora para partir de novo.
- Foi então que ele ancorou de novo, perto de vocês?
- Sim, a quatrocentos ou seiscentos metros.
- Tem a certeza que se tratava do J.C.Cousins?
- Absolutamente certo. Não havia luar, mas a noite estava suficientemente clara para se reconcer a silhueta característica da escuna. Não era possível qualquer dúvida, na verdade.
Insistiram.
- E tanto durante a tarde, quando o J.C.Cousins circulava nas proximidades do vosso rebocador, como à noite, quando ele voltou a ancorar perto de vocês, não repararam nada de anormal?
- Que quer dizer?
- Teria uma avaria na mastreação, por exemplo? Mantinha-se na sua rota?
- Uma avaria que justificasse o seu regresso? É possível. Mas como já afirmei, quando ele voltou já era noite. Se houvesse uma avaria, ela não devia ser muito grave, uma vez que Zeiber partiu logo pela manhã e rumou ao largo.
- Vocês viram a escuna dirigir-se ao espigão de Clatsop?
- Não. Voltei a Astoria para procurar um vapor.
Os homens da tripulação confirmaram as declarações do seu comandante. Um deles, que estava de quarto naquele momento, viu a escuna partir de madrugada. Levava todas as velas içadas e afastou-se rapidamente.
O diário de bordo, que foi reencontrado intacto sob os destroços, apenas continha referencias práticas: rota, vento, pressão barométrica. O último registo datava do dia 7, de manhã: «partida às 8 horas, Rumo oeste».
Havia ali uma contradição em relação ao homem do rebocador, segundo o qual a escuna deixara o seu ancoradouro ao amanhecer, portanto, bastante antes da hora registada no diário de bordo.
Como explicar aquela contradição? Um numero mal escrito, um oito em vez de um cinco? Era possível. Um erro de Zeiber? Era menos provável. Ou então este só mencionara a hora que efectivamente dirigia o veleiro de três mastros francês.
Deixaram para mais tarde a solução deste enigma, aliás secundário. Voltaram à causa do naufrágio. Uma vez que não podiam incriminar o estado da escuna, pensaram numa falha humana. Mas qual?
Supuseram – era necessário supor tudo – que ocorrera uma rixa a bordo por qualquer razão, embriaguez ou disputa. Examinaram minuciosamente a cabina, o refeitório dos oficiais, os aposentos da tripulação. Tudo ali estava em ordem. Não descobriram qualquer tipo de luta. É verdade que esta podia desenrolar-se na ponte. Os corpos dos homens mortos ou feridos teriam oscilado sobre a amurada e caído e o J.C.Cousins teria continuado sozinho a sua rota, em direcção aos recifes.
- Há qualquer coisa que me preocupa – disse um inspector. – Suponhamos que a tripulação tenha desaparecido, por qualquer razão que seja. Nesse momento a escuna ficou entregue a si própria. Vocês acreditam que, privada de timoneiro, ela possa ter continuado uma rota fixa sem ziguezaguear, sem mesmo bordejar, mesmo que fossem alguns graus?
Uma objecção de peso. Contudo os acasos do mar eram grandes; era possível que a escuna, sem ninguém ao leme descrevesse um arco de círculo, depois tivesse seguido uma rota diametralmente oposta à primeira, não mais de bombordo, mas, desta vez, a estibordo.
Decorreram duas semanas.
O inquérito parou.
Nenhum corpo fora descoberto.
Este naufrágio sem náufragos parecia de tal modo inverosímil que supuseram que os homens do J.C.Cousins não estavam mortos. Hipótese absurda? Mas tudo era absurdo naquele extraordinário acontecimento de mar e não tinham o direito de negligenciar o menor indício.
Informações das famílias dos desaparecidos não deram muito resultado. Zeiber e os cinco membros da tripulação eram solteiros e apenas possuíam pais em lugares longínquos. Interrogados, estes declararam que não haviam visto nenhum dos desaparecidos deste naufrágio. E, contudo, como teriam saído de bordo? O escaler e a canoazinha, já o vimos, haviam permanecido na escuna.
Um transbordo para outro barco? Se tivesse acontecido, poderia ter-se fixado o momento: quando a escuna cessara de se dirigir ao largo para iniciar a navegação que a iria conduzir à costa, essa mudança de rumo seria explicada pela ausência da tripulação.
O inquérito seguiu outra orientação. Procuravam agora o barco no qual teriam embarcado os homens da escuna.
Os guardas costeiros do cabo Canby não forneceram qualquer informação útil. Apenas haviam verdadeiramente observado o J.CCousins a partir da sua mudança de rumo. Alguns barcos tinham-nos visto, sem dúvida, mas nenhum que lhes parecesse suspeito. Tratava-se, para a maior parte deles, de barcos pesqueiros. (continua)



Nenhum sinal dos náufragos.