O dia amanheceu indeciso, não sabendo muito bem se seria primaveril ou se faria cair alguma chuva fazendo lembrar o Outono que já lá vai. Uma coisa era certa: haveria vento!
E foi com sol, chuva miudinha, nuvens negras e muito boa disposição que na Marina de Póvoa de Varzim, um grupo de corajosos potenciais marinheiros aceitaram o desafio da Tecnidata e foram velejar!
O vento e o mar permitiram uma experiência de emoções fortes, que para alguns foi adrenalina ao limite. Todos provaram ser verdadeiros homens (e mulheres) de mar. Uns pela adaptação às condições exigentes que se fizeram sentir e à imprescindível colaboração nas tarefas de bordo, e outros pelo capacidade de total entrega e confiança ao skipper, respeitando as suas decisões estratégicas. Tal como na vida empresarial, todos temos o nosso lugar.
No final da simulação de regata um denominador comum entre os participantes: o mar ajuda-nos a conhecermo-nos melhor.
De realçar o belo repasto antes e depois da actividade. Afinal, os marinheiros são pessoas de bastante alimento.
As fotos são provas reais dos excelentes momentos passados a bordo. Parabéns aos participantes e à Tecnidata pela iniciativa!
O briefing inicial, com a explicação da actividade e recomendações de segurança.
Já em equipa, o skipper faz algumas explicações adicionais.
Já a bordo, é hora de conhecer a embarcação.
E finalmente em alto mar!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Os Patrões de Costa a navegar a costa atlântica!
Luís Guerra
João Cruz
Luís Marques
Tatiana Paoli
António Ferreira (convidado especial - já Patrão)
Pedro Gomes (formador)
A largada de Alcântara/Lisboa
A noite prometia ser fria...
Coca-Cola? Só para disfarçar...
Que bem se está no mar...
Então, não vem mais uma loira? Cerveja, claro!
Entrada no porto de Sines com o dia recém nascido
Preparando a manobra de atracação
Que curso tão completo... até se fazem reparações!
Eh pá! Era mesmo grande...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Sorriso de gelo
Esta espécie de sorriso sem dentes é um iceberg a boiar na Antartida. Mas não se deixem enganar! Atrás desta silhueta amigável se esconde uma armadilha capaz de enganar até os navegantes mais profissionais. Trata-se dum bergy bit (pequena massa de gelo em inglês) um bloco de gelo cuja parte emergida não supera os 4 metros de altura. Um iceberg extra-small difícil de avistar de longe, pelo que muito navios vão chocar contra dele. E não é uma grande experiência: a parte submergida pode chegar até os 30 metros (quanto um prédio de 10 andares...)
Um Naufrágio Sem Náufragos (2ª parte)
(2ª parte)
O comandante Alonso Zeiber, não vendo o veleiro que devia pilotar, sem duvida decidira ancorar perto da costa para o esperar. Contudo, o andamento da escuna tinha qualquer coisa de estranho. Ao aproximar-se de terra, a sua velocidade não diminuiu, pelo contrário, aumentou. Por outro lado, a sua rota dirigia-o para paragens perigosas, atulhado de recifes e de bancos, notadamente o perigoso espigão de Clatsop, no qual mais do que um navio encalhara por causa da bruma, do mau tempo ou ainda da inexperiência dos seus comandantes.
O J.C.Cousins cortou a rota de um pequeno veleiro cujos tripulantes observavam o andamento da escuna com estupefacção. Estupefacção também experimentada pelos vigias do cabo Canby. Onde ia, portanto, Alonso Zeiber, esse marinheiro credenciado? Porque é que ele, que conhecia todos os perigos da costa, dirigia a sua embarcação em direcção a paragens que tinha feito evitar tantas vezes aos navios que pilotava?
- Certamente uma avaria – disse um dos vigias.
Isso poderia ser verdadeiro. A barra do leme estava bloqueada em consequência da quebra da transmissão. Ou um navio destruído tinha abalroando-o, falseado a ponta do leme. Nesse caso, porque Zeiber não levava as suas velas, não tentava uma manobra, uma volta desesperada de bordo? Ou ainda porque razão não fundeava as suas âncoras para evitar uma catástrofe?
Perguntas sem resposta. O J.C.Cousins continuava o seu curso em direcção à costa. O seu curso mortal. A bordo deviam já distinguir a mudança de cor do mar que anunciava os baixios e essa ligeira ressaca que revelava os bancos de areia. E, por trás desses bancos, o espigão Clatsop, e ainda por trás, a ponta Adams, esse esporão rochoso que encobria matas de pinheiros finos com os troncos torcidos pelos ventos do largo. E tudo isso, para a escuna, tinha a face de um naufrágio.
Um naufrágio absurdo. Causado nem pela tempestade, nem pela bruma, mas por uma força maléfica, uma força misteriosa que empurrava o J.C. Cousins em direcção a terra.
Se Zeiber não retomasse o controlo da sua embarcação, o casco elegante, o velame harmonioso, aquela obra-prima da construção naval, não seria em breve mais do que destroços, um emaranhado de madeira, cordame e telas que uma próxima tempestade dispersaria.
E esse naufrágio, essa morte de um navio, parecia tanto mais absurda, quanto teve lugar naquelas águas calmas, com aquele bom tempo, sob uma luz radiosa que simbolizava todas as belezas e todas as felicidades do mar.
O espigão de Clatsop não estava a mais de uma meia milha do J.C.Cousins. Estava ainda a tempo de dar meia volta. Havia ainda água suficiente diante da escuna para que esta evoluísse, para que ela passasse rente aos bancos de areia, para que retomasse ao largo, isto é, à vida.
Dentro de cinco ou dez minutos no máximo, seria demasiado tarde.
(continua)
O comandante Alonso Zeiber, não vendo o veleiro que devia pilotar, sem duvida decidira ancorar perto da costa para o esperar. Contudo, o andamento da escuna tinha qualquer coisa de estranho. Ao aproximar-se de terra, a sua velocidade não diminuiu, pelo contrário, aumentou. Por outro lado, a sua rota dirigia-o para paragens perigosas, atulhado de recifes e de bancos, notadamente o perigoso espigão de Clatsop, no qual mais do que um navio encalhara por causa da bruma, do mau tempo ou ainda da inexperiência dos seus comandantes.
O J.C.Cousins cortou a rota de um pequeno veleiro cujos tripulantes observavam o andamento da escuna com estupefacção. Estupefacção também experimentada pelos vigias do cabo Canby. Onde ia, portanto, Alonso Zeiber, esse marinheiro credenciado? Porque é que ele, que conhecia todos os perigos da costa, dirigia a sua embarcação em direcção a paragens que tinha feito evitar tantas vezes aos navios que pilotava?
- Certamente uma avaria – disse um dos vigias.
Isso poderia ser verdadeiro. A barra do leme estava bloqueada em consequência da quebra da transmissão. Ou um navio destruído tinha abalroando-o, falseado a ponta do leme. Nesse caso, porque Zeiber não levava as suas velas, não tentava uma manobra, uma volta desesperada de bordo? Ou ainda porque razão não fundeava as suas âncoras para evitar uma catástrofe?
Perguntas sem resposta. O J.C.Cousins continuava o seu curso em direcção à costa. O seu curso mortal. A bordo deviam já distinguir a mudança de cor do mar que anunciava os baixios e essa ligeira ressaca que revelava os bancos de areia. E, por trás desses bancos, o espigão Clatsop, e ainda por trás, a ponta Adams, esse esporão rochoso que encobria matas de pinheiros finos com os troncos torcidos pelos ventos do largo. E tudo isso, para a escuna, tinha a face de um naufrágio.
Um naufrágio absurdo. Causado nem pela tempestade, nem pela bruma, mas por uma força maléfica, uma força misteriosa que empurrava o J.C. Cousins em direcção a terra.
Se Zeiber não retomasse o controlo da sua embarcação, o casco elegante, o velame harmonioso, aquela obra-prima da construção naval, não seria em breve mais do que destroços, um emaranhado de madeira, cordame e telas que uma próxima tempestade dispersaria.
E esse naufrágio, essa morte de um navio, parecia tanto mais absurda, quanto teve lugar naquelas águas calmas, com aquele bom tempo, sob uma luz radiosa que simbolizava todas as belezas e todas as felicidades do mar.
O espigão de Clatsop não estava a mais de uma meia milha do J.C.Cousins. Estava ainda a tempo de dar meia volta. Havia ainda água suficiente diante da escuna para que esta evoluísse, para que ela passasse rente aos bancos de areia, para que retomasse ao largo, isto é, à vida.
Dentro de cinco ou dez minutos no máximo, seria demasiado tarde.
(continua)
terça-feira, 14 de abril de 2009
Patrão de Costa: estudo da viagem a Sines
Faltam só os últimos detalhes para os Patrões de Costa acabarem o estudo da viagem de 3 dias que faz parte do programa da nossa escola.
O destino escolhido para o "Lima Golf", o "Lima Mike", o "Juliet Charlie" e a "Tango Papa" é Sines , porto ao qual chegarão no próximo sábado de manhã, depois de uma navegação nocturna estimada (e carteada) de 10/11 horas.
O destino escolhido para o "Lima Golf", o "Lima Mike", o "Juliet Charlie" e a "Tango Papa" é Sines , porto ao qual chegarão no próximo sábado de manhã, depois de uma navegação nocturna estimada (e carteada) de 10/11 horas.
Uma alternativa ao esqui náutico...
Dois homens a "esquiar" no rio Elba, na Alemanha. Na realidade não são esquis o que têm nos pés mas pequenas canoas de dois metros de comprimento; para avançar é preciso remar com os bastões de esqui. Esta actividade desportiva é apropriada em águas de lagos e rios onde só os mais treinados podem conseguir velocidades notáveis . Claro... nada têm a ver com aquelas que se podem conseguir com o esqui náutico (já nos anos 20 o seu inventor, Ralph Samuelson, atingiu os 130 km com duas tábuas de madeira nos pés, deixando-se arrastar por um hidroavião).
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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